quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A importância de um CV com um modelo diferenciador

Para quem está a entrar no mercado de trabalho, a realização de um CV é uma das tarefas mais importantes, e talvez uma das mais difíceis. A indecisão não passa só por realizar uma triagem cuidadosa relativamente à informação que pretendem que conste no documento, mas também por escolher o modelo mais adequado para os cargos a que se vão candidatar. Já lá vai o tempo em que a maioria das empresas optava pelo modelo standard da Europass, por isso, hoje em dia, temos que ser mais cuidadosos com a escolha do design do nosso CV.

Pessoalmente, eu tenho dois formatos de CV: o tal da Europass, para o caso da empresa exigir, e um modelo mais atrativo e customizado, que é o que normalmente envio. E existem algumas razões para eu ter perdido algum tempo com a elaboração de um CV diferenciador. 

Em primeiro lugar, destaca-me dos restantes candidatos. Se todos enviarem um CV da Europass, e eu enviar um CV com um modelo diferente, o meu CV automaticamente destaca-se dos restantes. E mesmo que só enviem CVs com modelos alternativos, o meu CV pode chamar a atenção por um detalhe ou outro que contenha, e por ser visualmente atrativo. Se enviasse um CV Europass, nesta última situação, provavelmente destacaria-me pela negativa. 

Por outro lado, passa a imagem de que realmente somos inovadores e nos preocupamos seriamente com o objetivo, porque dedicamos tempo a transformar o nosso CV em algo mais atrativo aos olhos dos recrutadores. O CV acaba por ser o primeiro contacto que têm com uma empresa, por isso não querem que a vossa imagem fique logo manchada sem sequer terem uma oportunidade para a entrevista. 

Contudo, é necessário também ter em consideração que, como em todas as situações, menos é mais. O modelo que decidirem adotar/elaborar não pode ser demasiado colorido, ou confuso, sob o risco que serem automaticamente eliminado. E não encham o CV com imagens ou símbolos. Optem sempre por cores mais neutras, se usarem, com um design simples e apelativo, e que siga um padrão fácil de entender. Se tiverem a informação espalhada por diversos cantos, não estão a facilitar a vida ao recrutador que depressa de irá fartar de procurar pelas coisas. E cuidado também com o tipo de letra e cor que utilizam. Esqueçam as fonts demasiado trabalhadas. Na dúvida, optem sempre pelo mais simples.

Gostaria ainda de acrescentar que o design, de facto, não é tudo: é mesmo muito importante que tenham experiência profissional na área, participem em associações, façam voluntariado e desenvolvam competências fundamentais para a vossa área. O design apenas capta a atenção nos primeiros segundos, enquanto que o conteúdo trata do restante.


4 comentários:

  1. Estava mesmo a precisar deste post! Obrigada minha linda <3
    Beijinhos

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  2. Também tenho um CV personalizado, a par de um Europass. A verdade é que, pelo menos na área de saúde, aquilo que me venho a aperceber é que, infelizmente, os CVs que não são Europass são um pouco mal vistos. Quase todos os lugares querem Europass e, nesse aspecto, acho que estão a perder a corrida em relação à inovação e ao destaque dos candidatos. Há que adaptar o que já conhecemos do mercado e as suas exigências aos nossos CVs (em tudo, incluindo o design) :)

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  3. Em Agosto li o livro da Catarina, "licenciei-me... e agora?". A autora partilha a mesma visão que tu em relação ao CV e eu fiquei muito mais esclarecida em relação ao que um empregador procura quando olha para um CV, especialmente numa área criativa - que é onde estou inserida.
    Deste modo, achei que estas dicas são importâncias quando chega altura de elabora o nosso curriculum (:

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  4. Eu uso o Canva para a criação do curriculo. Aconselho bastante!

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